Não sabemos se os pais acreditam que ao comprar o Toddynho pronto para beber, estão apenas facilitando o seu trabalho de misturar o Toddy Original (em pó) ao leite integral, optando por uma forma mais prática de oferecer o leite com achocolatado ao seu filho…
Então, resolvemos salientar esse aspecto, pois o Toddynho pronto para beber possui outros ingredientes (espessantes, estabilizantes, gordura trans) além daqueles já incluídos no Toddy Original (soro de leite em pó, extrato de malte, aromatizante). Ou seja, não é a mesma coisa…
Contém muuuuuito açúcares
O consumo de 1 unidade por dia (200 ml) durante 1 mês resulta em um consumo de 870 g de açúcares! Esse valor inclui o açúcar da sacarose e da lactose. Infelizmente, o fabriante não discrimina esses valores na tabela nutricional. Entramos em contato com o SAC da empresa e, mesmo assim, não nos informaram o valor separado. De qualquer forma, essa quantidade de açúcares é absurda, maior do que a Coca-Cola!
Possui gordura trans apesar de na tabela nutricional ser 0g
Se olharmos os ingredientes veremos “gordura vegetal hidrogenada”, isso é a famosa gordura trans. Infelizmente a nossa legislação* dá margem para isso, pois se o alimento apresenta menos do que 0,2 g de gordura trans na porção, o fabricante pode considerar como “não contém”.
Estamos ansiosas para que a Resolução RDC n° 54/2012 entre em vigor (o prazo é até o dia 1° de janeiro de 2014 para as empresas promoverem as adequações necessárias). Essa lei reduz a quantidade não significativa de gordura trans para 0,1 g por porção e o produto deve cumprir baixo teor de gorduras saturadas para ser considerado “zero trans”. Essas mudanças deixam o critério mais rigoroso, adoramos!
Fonte: *RDC n˚ 360, de 23 de dezembro de 2003.
Aditivos alimentares em demasia
Sabe o que é aditivo alimentar? É todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos SEM propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento.*
Nesse produto são utilizados espessantes, estabilizantes, aromatizante.
Fonte: *Portaria SVS/MS 540, de 27/10/97.
Alegação “Fonte de vitaminas”
Mas, lembrem-se de que a maioria são vitaminas adicionados ao produto. Preferimos as vitaminas vindas de frutas e de verduras, as quais são essenciais para uma alimentação equilibrada ;)
Não é recomendado para crianças menores de 2 anos!
Antes dos dois anos de vida não é recomendado o oferecimento de açúcar, pois a criança está formando seus hábitos alimentares, que perpetuarão para a vida toda. Sabe-se que os alimentos oferecidos nos primeiros ano de vida com frequência passam a fazer parte do hábito alimentar.*
Fonte: *Guia alimentar para crianças menores de 2 anos, 2010.
Fique esperto!
Na última Pesquisa de Orçamento Familiar*, realizada em 2008-2009, o EXCESSO DE PESO entre os meninos de 5 a 9 anos estava em 34,8 % e das meninas em 32 %. Ou seja, 1 em cada 3 crianças, aproximadamente, estão com o peso inadequado. O excesso de peso são os dados referentes à soma das crianças com sobrepeso e com obesidade. Podemos dizer que produtos como esses, entre outros alimentos industrializados, contribuem para o aumento desses dados.
Fonte: *Pesquisa de Orçamento Familiar, 2008-2009. Disponível em: http://ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_encaa/pof_20082009_encaa.pdf
O que é extrato de malte?
É um açúcar de cereal, obtido através de hidrólise do amido de cevada, e seu processo de fabricação não envolve produtos químicos (por meio de ação de enzimas amiliolíticas).
O Extrato possui muitas qualidades que garantem o seu uso como matéria-prima de diversos produtos, devido a sua grande versatilidade e variedade de atributos. Por isso é utilizado em vários segmentos da indústria alimentícia.
Principais funções: flavorizante (realça o sabor dos produtos e mascara o sabor amargo proveniente do cacau e da soja), agente de escurecimento (ingrediente utilizado para a reação de maillard, desenvolvendo cor e brilho ao produto), modificador de textura (age como umectante, retendo a água e deixando o produto mais macio, aerado, leve, aumentando assim seu tempo na prateleira), evita a formação de cristais de lactose (doce de leite) e de gelo (sorvetes), fonte de açúcar fermentável (utilizado como substrato para a fermentação, tanto para massas quanto para bebidas) e adoçante natural.
Fonte: Extrato de malte. Disponível em: http://www.conservantesliquidos.com.br/produtos/aditivos/extrato-de-malte.htm
Sabe o que é espessante Goma Guar?
A goma guar é um tipo de fibra alimentar solúvel, extraída do endosperma (parte da semente) do vegetal de espécie Cyamoposis tetragonolobus, usado na alimentação humana e do gado desde tempos antigos, especialmente na Índia e no Paquistão. Desde 1950, as sementes da planta de onde se extrai o guar têm sido processadas em goma guar e usadas como aditivo alimentar, como espessante ou como fibra alimentar.
A goma guar é um polissacarídeo que, em contato com água, forma um gel altamente viscoso e é por isso que é usada pela indústria alimentícia como espessante, geleificante, emulsificante e estabilizante.
Fonte: www.nutritotal.com.br
Greenberg NA, Sellman D. Partilly Hydrolyzed Guar Gum as a Source of Fiber. Cereal Foods World. 1998;43(9).
Slavin JL, Greenberg NA. Partially Hydrolyzed Guar Gum: Clinical Nutrition Uses. Nutrition. 2003;19: 549-52.
Todd PA, Benfield P, Goa KL. Guar Gam – A Review of its Pharmacololgical Propierties, and Use as a Dietary Adjunct in Hypercholesterolaemia. Drug Evaluation. 1990;39(6):917-28.
Ettinger S. Macronutrientes: carboidratos, proteínas e lipídeos. In: Mahan LK, Escott-Stump S, editores. Krause Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 10 ed. São Paulo: Roca; 2002. p. 30-64.
Greenberg NA, Sellman D. Partilly Hydrolyzed Guar Gum as a Source of Fiber. Cereal Foods World. 1998;43(9).
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Todd PA, Benfield P, Goa KL. Guar Gam – A Review of its Pharmacololgical Propierties, and Use as a Dietary Adjunct in Hypercholesterolaemia. Drug Evaluation. 1990;39(6):917-28.
Ettinger S. Macronutrientes: carboidratos, proteínas e lipídeos. In: Mahan LK, Escott-Stump S, editores. Krause Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 10 ed. São Paulo: Roca; 2002. p. 30-64.
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