quinta-feira, 6 de novembro de 2014

7 mitos sobre alimentação infantil

alt


A alimentação é fundamental para que qualquer um possa ser saudável. Quando temos filhos, essa importância aumenta, pois ficamos responsáveis, durante muitos anos, pela alimentação de outros numa fase crucial do seu crescimento e desenvolvimento.

A alimentação das crianças ocupa um lugar muito importante no dia-a-dia de todos os pais e mães. Mas não é tarefa fácil, a de ensinar hábitos alimentares corretos e saudáveis. Exige algum conhecimento, força de vontade, persistência e muito carinho. E esta tarefa é ainda complicada pelas mil opiniões que circulam sobre o que se deve e não deve dar de comer, quais os hábitos mais saudáveis e quais as regras mais importantes. 
A alimentação das crianças obedece a regras muito simples e a uma quantidade enorme de bom senso. Apesar disto, existem ainda muitos boatos e mitos sobre alguns aspetos da alimentação das crianças.
  1º Mito: A ceia é fundamental
alt
Errado. Bebezinho bem pequenos, que amamentam de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas, não podemos falar de ceia. Após o nascimento, a criança demora alguns meses até adquirir um horário de refeições semelhante ao dos adultos. Mas, a partir dos seis meses, a ceia pode ser dispensada. Não quer dizer que seja proibida, apenas que só deve ser dada se a criança a pedir e que esta não deve ser acordada de propósito para que possa beber um leitinho. Este esquema pode manter-se até cerca de um ano de idade. Nessa altura, já a criança come de tudo, com refeições completas. Os seus dentes estão na fase de erupção mais acelerada e devem ser cuidados com carinho, o que inclui a escovagem de manhã e à noite, antes de ir para a cama. Por esta altura, o mais correto é abolir a ceia. A partir dos doze meses de idade, o leite à noite pouco acrescenta em termos de calorias. O que a criança deixa de ingerir à noite acaba por compensar durante o dia. E o leite à noite fica na superfície dos dentes acabando por facilitar o aparecimento de cáries. Em resumo, a partir dos doze meses, a ceia, não sendo proibida, pode ser evitada.
2º Mito: A cenoura deve ser a base de todas as papinhas
Errado. A cenoura é conhecida por ser de paladar saboroso e de fácil digestão. Por isso, é muitas vezes aconselhada como um dos primeiros legumes e é rica em vitamina A, que é fundamental para o desenvolvimento da visão - quem nunca ouviu que a cenoura faz os olho? Mas, após as primeiras papinhas, nada justifica que a cenoura tenha uma presença obrigatória nas refeições da criança. Pode ser substituída por outros legumes Para além disso, o excesso de cenoura leva a que algumas crianças acumulem na pele o pigmento alaranjado, ficando com o nariz e zona em torno da boca da cor da cenoura.
  3º Mito: A criança deve manter sempre os mesmos alimentos
alt

Errado. A preocupação dos pais deve ser a de oferecer à criança alimentos diversificados e de boa qualidade, deve ter mais de 5 cores e não oferecer sempre os mesmos alimentos. A criança deve ser estimulada a experimentar, pois a curiosidade é fundamental na nossa vida. «E se ela não quiser experimentar?», perguntam-me alguns pais. Nesses casos, a regra número um é não fazer da hora da refeição uma guerra. A criança deve ser educada de forma a provar de tudo e a ter liberdade para depois dizer que não gosta. O que não pode é recusar-se a experimentar um alimento novo que lhe surge à frente,para ter certeza que a Criança não gosta de certos alimentos ele deve ser oferecido pelo menos 8 vezes e de formas diferentes ,por isso a função dos pais é levarem-na a provar muitos e muitos alimentos.
  4º Mito: A educação faz-se falando com a criança
alt
Errado. A educação faz-se pelo exemplo. Nunca observei uma criança com hábitos alimentares saudáveis quando os seus pais não os têm. A criança aprende observando, imitando aqueles que admira. Como pode uma mãe dar salada a um filho, se o pai, sentado na cadeira ao lado, recusa  comê-la? Com que autoridade pode um pai dizer à criança que deve comer determinado alimentos, quando a mãe diz ao mesmo tempo que não vai comer nada?  É importante que as regras sejam ensinadas, mas é mais importante ainda que as regras sejam praticadas por todos os que convivem com a criança. Não existe outra forma de educar. E isto é válido não apenas para a alimentação, mas para muitos outros aspetos da educação infantil.

  5º Mito: A maioria das crianças obesas não vão tornar-se adultos obesos
alt
Errado. Os estudos científicos mais recentes mostram exatamente o contrário: cerca de 70% das crianças obesas vêm a ser adultos obesos. Muitos pais não têm consciência (ou preferem não pensar nisso), mas a verdade é que existe uma relação muito grande entre a obesidade infantil e a obesidade em adulto. E um adulto obeso é um adulto com maior tendência para sofrer de hipertensão, doenças associadas ao coração, diabetes entre outras. Por estas razões, não percebo por que muitos pais e mães encolhem os ombros quando o seu filho de seis ou sete anos tem um peso que ultrapassa todas as curvas de percentis. Pensam que, com a adolescência, tudo voltará ao normal. Mas, como já vimos, na maioria dos casos não é assim. Deve ser preocupação dos pais que as crianças tenham um peso adequado ao longo de toda a sua vida. Se necessário, com a ajuda do nutricionista.

6º Mito: A criança deve comer tudo liquidificado enquanto não tiver dentes
Errado. Os dentes começam a surgir por volta dos seis meses. Mas podem surgir antes, ou mesmo alguns meses depois. Muitas crianças têm o seu primeiro dente aos nove, doze ou mesmo quinze meses, sem que isso represente necessariamente um problema. Por outro lado, a partir dos seis meses, a criança pode começar a comer alguns alimentos sólidos, além do leite. Isso estimula a mastigação e formação dos músculos da face e influencia até na dicção e no controle de babas. Para isso a criança utiliza as gengivas, não os dentes. É importante a evolução da consistência para auxiliar nesse processo de mastigação.

7 º Mito: Todas as crianças deveriam tomar suplementos de vitaminas
Errado. O único suplemento que uma criança saudável necessita é o da vitamina D durante o primeiro ano de vida para facilitar o seu crescimento e a constituição de ossos fortes e resistentes. Após os doze meses, se a criança tem um alimentação equilibrada, não necessita de qualquer suplemento. Uma criança que tenha hábitos alimentares adequados consegue retirar dos alimentos as quantidades de que necessita de todas as vitaminas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário